Museus de Territórios

sábado, 7 de agosto de 2010

Museus de Territórios

Museus Comunitários e Ecomuseus

• Baseados na musealização de um território;
• Enfase dada as relações culturais e sociais Homem/Território;
• Baseada no TEMPO SOCIAL;
• Características: Valoriza processos naturais e culturais e não os objetos enquanto produtos da cultura;
• Pode conter exposições tradicionais, baseados em objetos.

Processo de musealização

• Fio Condutor:
• Para que existimos (finalidade)
• Em que acreditamos (valores)
• O que queremos alcançar (metas)
• O que fazemos (função)
• Para quem o fazemos (público/parceiros)

• Missão: Conjunto de palavras que contém, de forma resumida, a finalidade, valores, metas, estratégia e o público alvo de uma instituição (Davies, 2001, p.32)

Exposição

• É um amostra ou exibição em determinado local e com técnicas adequadas, (aos objetivos, temas, propostas) de um conjunto de elementos orientados segundo um tema específico e com uso de uma linguagem própria, visando informar, motivar, despertar e conscientizar um determinado público para uma determinada mensagem ou realidade.

Caracteriza a exposição

• Objeto (conjunto de elementos físicos)

• Tema

• Linguagem própria (linguagem museológica)

• Público – segmento específico da sociedade ou vários segmentos/várias sociedades

... a realidade será então interpretada e traduzida para o visitante em linguagem museológica.

É importante perceber a realidade

• A geografia local

• Os hábitos e costumes

• O patrimônio

• As tradições

• Os problemas

• As soluções dos problema

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METODOLOGIA

Este trabalho até então, tornou-se possível, pois os pesquisadores utilizaram um farto dossiê de documentos sobre a história de Goiás, bem como fragmentos da história oral, acervos fotográficos e arqueológicos, publicações, jornais e entrevistas informais.

O plano de análise dos marcos representativos do Ecomuseu do Ferreiro obedeceram a uma ordem histórica cronológica, inseridos no conjunto patrimonial como referência para o direito à memória e à cidadania.

Realizamos a pesquisa observacional coletando dados em campo considerando os elementos como marcos físicos da memória inaugural goiana. Paralelamente, ocorreu a pesquisa antropológica, tal que acreditamos que o experimento desses “saberes e fazeres” nos indicará caminhos a serem celebrados por meio da memória coletiva e o uso do patrimônio.

Ecomuseus

A expressão "Ecomuseu" foi apresentada em 1971, França, por George Rivière, visando suas características de museu ao ar livre e da participação da comunidade a fim do desenvolvimento social.
Para Varine, o Novo Museu é diferente do museu tradicional na ênfase dada ao território (meio ambiente ou sítio), em vez de enfatizar o prédio intitucional em si; no patrimônio, em vez da coleção; na comunidade, em vez dos visitantes. Em todo o caso, é o território que define e comumente nomeia o museu, mais do que o rótulo de "Ecomuseu". Ele é um estado mental e uma forma de aproximação que acarreta um processo construtivo enraizado no território.
Assim, contribuir socialmente e econômicamente para a melhoria das condições de vida da comunidade através do incremento do Turismo Cultural e Ecoturismo; criação de pequenas indústrias (agroindústrias); projetos de valorização da produção artesanal, artística e das tradições para a recuperação da memória coletiva e apropriação da história local.

A Igreja São João Batista

Construída por José Gomes, em 1761, no Arraial do Ferreiro, a Igreja de São João Batista apresenta as características comuns à maioria das edificações religiosas encontradas praticamente em todo o Estado de Goiás – a arte barroca. De planta extremamente simples, compõem-se, além da nave e da capela-mor, de dois corpos laterais, de dimensões equivalentes: um utilizado em toda a sua área como sacristia e o outro dividido em duas salas menores, provavelmente depósitos. Na nave apresenta dois altares laterais de muito boa talha já sem a pintura original. É, atualmente, o único edifício remanescente da época de implantação dos quatro primeiros arraiais mineradores fundados por Bartolomeu Bueno da Silva, quando de sua chegada às margens do Rio Vermelho, nas décadas iniciais do século XVIII. Construída em taipa-de-pilão e adobe, possui o piso em mezanela e cobertura em telha canal.

Restauração da Igreja São João Batista.

Lenda do Santo Fujão

Um mistério envolve a história do padroeiro da Pedreira, mistério esse que os antigos atribuem a mais um milagre de São Sebastião e que lhe rendeu o apelido de “Santo Fujão”.Diz a tradição oral que nos arredores da Pedreira, no século XVIII, encontraram a imagem do Santo, levando-a à Igrejinha. Pensando os fieis que seria o melhor lugar. O mistério é que a imagem havia desaparecido, e, encontrada na pedreira. O fato mexeu com todos. Foi aí que algumas pessoas colocaram o Santo novamente na capela e ficaram de vigília no lado de fora, dia e noite. Não adiantou, a imagem voltou para o seu local de origem. O trabalho foi intensificado, o Santo foi trazido mais uma vez, e esta passou a ser vigiada por dentro e por fora o dia inteiro. E aí o milagre aconteceu à vista de todos os presentes: a imagem sumiu e apareceu na pedreira.

Roteiros Integrados

Com a criação do Ecomuseu do Ferreiro que propõe um museu visando o território, faz-se necessário a elaboração de roteiros onde o visitante tenha a oportunidade de conhecer de forma integrada os aspectos históricos, culturais e naturais da região.
A integração de atividades com o meio, se mostra uma alternativa extremamente interessante partindo do Museu-sede - Igreja São João Batista em busca de vivenciar as rotas e as marcas do homem no arraial do Ferreiro, o cotidiano, o trabalho e o imaginário social.

Ecomuseu do Ferreiro - Desejo de memória no antigo arraial

sábado, 7 de agosto de 2010