domingo, 5 de setembro de 2010

http://www.limitedaterra.org.br

Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra
De 01 a 07 de setembro

Articulado pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA), o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra irá consultar a população brasileira sobre o tema entre os dias 01 e 07 de setembro, na Semana da Pátria, junto com o Grito dos Excluídos. Pelo direito à terra e à soberania alimentar: vamos às urnas mostrar nosso poder popular! A participação popular é um direito do povo, pois ela está na essência do conceito de Estado Democrático de Direito. Ela pode ser exercida pela via indireta, quando se elege pelo voto representantes que exercem o poder político em nome do povo, ou pela via direta, quando a sociedade se manifesta diretamente sobre temas relevantes para o país, por meio de plebiscitos, referendos ou iniciativa popular.

sábado, 4 de setembro de 2010

Reforma Agrária em pauta

Cultura da Reforma Agrária

Andrea Lombardi

quinta-feira, 26 agosto 2010



O Ministério do Desenvolvimento Agrário, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), produziu uma extensa pesquisa sobre a cultura temática relacionada à questão da reforma agrária e à realidade dos sem-terra no Brasil.

Acompanhado da professora da UFMG e coordenadora do projeto, Heloisa Starling, o ministro Guilherme Cassel convidou o Ministério da Cultura para ser parceiro em um projeto que pretende levar o conteúdo desta pesquisa para a população brasileira, por meio de um caminhão itinerante. “Achamos muito importante disponibilizar e compartilhar toda essa riqueza pesquisada”, explicou.

O projeto também tem por objetivo mostrar à sociedade brasileira, principalmente para a parte da população que ainda não tem envolvimento com o tema, o valor deste projeto para o desenvolvimento do país, bem como sua influência da diversidade e na identidade cultural do Brasil.

O ministro Juca Ferreira aceitou a parceria e acrescentou a necessidade de se criar um portal que abrigue o conteúdo, para que o acesso seja ainda mais abrangente e para que a população possa usar esse material como acervo de pesquisa.

Ele também propôs que kits fossem entregues nas escolas ou bibliotecas das cidades por onde o caminhão passe, na forma de registro dessa passagem pelo local e também para que esse conteúdo seja utilizado educacionalmente. Segundo o ministro da Cultura, eventos como esses tendem a ser muito rápidos e a se perder na memória local. “Por isso, é importante deixarmos uma marca, especialmente porque se trata de um trabalho de conscientização da população”, disse.

A intenção é que o projeto fique pronto até o final do ano. Tanto o MinC quanto o Ministério do Desenvolvimento Agrário acreditam que essa parceria é apenas o começo de muitas que ainda podem vir.



Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério da Cultura.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Turismo e desenvolvimento social

O turismo é visto muitas das vezes como um fenômeno mercadológico, que exclui e promove desigualdade, principalmente quando ocorrido em comunidade “frágeis”.
No entanto, surge uma nova linha de pensamento e ações que torna o turismo não só uma fonte de trabalho e renda, mas, principalmente um fenômeno de integração entre os indivíduos que passam a vivenciar o seu território, as práticas socioculturais e assim contribuindo para um desenvolvimento cada vez mais justo.
Para uma melhor gestão do turismo, cabe aos planejadores e gestores do turismo a função de estabelecer parâmetro de políticas publicas substanciais na mobilização e participação de toda comunidade, aproximando ao desenvolvimento sustentável.
O projeto Ecomuseu do Ferreiro – Desejo de memória, acredita em um turismo de base comunitária que busque uma harmonia entre eficiência econômica, justiça social, desenvolvimento sociocultural e conservação ambiental.

domingo, 15 de agosto de 2010

Museu Contemporâneo

Waldisa Russio (1990) fundamenta:

A grande tarefa do museu contemporâneo é, pois, a de permitir esta clara leitura de modo a aguçar e possibilitar a emergência (onde ela não existir) de uma consciência critica, de tal sorte que a informação passada pelo museu facilite a ação transformadora do Homem.

Romaria de São Sebastião - 05/09/2010

“Há pouco tempo atrás, por nímia gentileza do distinto casal de amigos, Sr. Luciano e dona Guiomar Ferraz de Godói, fui conhecer e desenhar, in-loco, a graciosa Capelinha de São Sebastião da Pedreira, situada perto do centenário e ora extinto arraial do Ouro Fino. O panorama que por lá presenciei, dada a sua pureza e magnitude, jamais sairá do meu sentido. Pois, tudo por ali insinua paz, ternura e felicidade. O arvoredo circulante ao penedo negro e altivo, nesse dia, achava-se muito freqüentado por dezenas de aves canoras, típicas da região: tiés, puvis, sabiás, bem-te-vis, pássaros-pretos, etc., e até mesmo bandos de seriemas entoando as suas récitas selvagens pelos campos ensolarados” (Octo Marques, artista plástico e literato. Cidade Mãe – Causos e Contos, p.102)

A romaria é uma velha tradição ligada à formação da nacionalidade luso-espanhola, desde o tempo da romaria de São Tiago de Compostela, essas festas reúnem milhares de pessoas nos mais diversos e distintos pontos do sertão, funcionando como feiras e como ponto de encontro. Desempenharam papel de enorme relevância na vida do sertão, e continuam a desempenhar nos lugares ainda despovoados e atrasados.
A pedreira de São Sebastião é um lugar atribuído no sentido diferenciado pela memória e pela vida social mobilizando a gente mais próxima e reaproximando os que estão longe, para que se reviva o sentimento de participar e de pertencer a um grupo, de possuir um lugar. Ao lado do culto religioso, há o lado profano dos jogos, do mulherio, da comilança e da bebedeira.
A secular Romaria de São Sebastião, que acontece no primeiro domingo de setembro entre Ferreiro e Ouro-Fino, poderia se tornar um bem registrado como patrimônio cultural imaterial pela notável festa que marca a vivência da religiosidade em dado espaço – a pedreira de São Sebastião – onde se concentram para a prática cultural coletiva.
A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) define como patrimônio cultural imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas e também os instrumentos, objetos, artefatos e lugares associados e as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos que se reconhecem como parte integrante do patrimônio cultural.
“Conheço um lindo demais! Fica entre Ferreiro e Ouro Fino. É uma pedra muito linda, parece que ela levantou numa grota, mas ela ficou muito alta, muito linda, chama-se pedra São Sebastião. Fizeram uma imagem lá em cima e todo ano os devotos vão ali rezar, até hoje, todo ano. E fazem festa lá todo ano, festa muito animada, e sobem por uma escada para ir lá onde está o santo. Muito bonita, a pedra. (Maria Abadia Januária. Nº da entrevista:40. Dossiê de Goiás)”

Um mistério envolve a história do padroeiro da Pedreira, mistério esse que os antigos atribuem a mais um milagre de São Sebastião e que lhe rendeu o apelido de “Santo Fujão”.
Diz a tradição oral que nos arredores da Pedreira, encontraram a imagem do Santo, levando-a à Igrejinha. Pensando os fieis que seria o melhor lugar. O mistério é que a imagem havia desaparecido, e, encontrada na pedreira. O fato mexeu com todos. Foi aí que algumas pessoas colocaram o Santo novamente na capela e ficaram de vigília no lado de fora, dia e noite. Não adiantou, a imagem voltou para o seu local de origem. O trabalho foi intensificado, o Santo foi trazido mais uma vez, e este passou a ser vigiado por dentro e por fora o dia inteiro. E aí o milagre aconteceu à vista de todos os presentes: a imagem sumiu e apareceu na pedreira.
Essa lenda ocorre em outras diversas regiões brasileiras. Por exemplo, em Natividade, o santo fujão é o Senhor do Bonfim no qual construíram uma capela no distrito do Bonfim, lugar onde foi encontrado o santo.
A Romaria de São Sebastião ainda não foi inventariada por órgãos competentes. Fica aqui o desejo desse estudo a fim de conhecer e documentar o bem cultural o que certamente propiciará a identificação de problemas e soluções para a salvaguarda dessa manifestação ante ao seu esquecimento.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

domingo, 8 de agosto de 2010

RESULTADOS ALCANÇADOS

Com os dados em mãos, eis o oficio do historiador: acompanhar os processos culturais, e, sempre que possível assessorar nesse acompanhamento a integração da ciência com as experiências comunitárias.
O trabalho é um projeto monográfico de um dos autores – Lucinete Morais.
Já foi apresentado à 14ª SR/IPHAN, Diocese de Goiás, SR/INCRA e IBRAM para consolidação de convênio em prol da realização do Ecomuseu do Ferreiro, um desejo de memória do Projeto de Assentamento Serra Dourada.

sábado, 7 de agosto de 2010

Por que o Ferreiro é importante?

Por que e como o Ferreiro adquiriu tal significância?
A discussão teórica e estética do documentário passa pela composição histórica do lugar, pelo conceito de memória e o desejo da comunidade em (re)significar o lugar, mencionando a importância inaugural do Ferreiro. Hoje, sua significância está na herança do discurso patrimonial e do uso da terra.
Estamos redescobrindo o local em contraposição ao global, as manifestações culturais, as tradições e as peculiaridades. Estamos apreendendo a olhar para o patrimônio como um bem que representa identidade e que exterioriza o valor de uma cultura, de algo que pode ser a expressão de uma conjuntura histórica, a leitura de uma concepção social ou a manifestação de uma tradição.
Chega-se ao auge e desfecho do conflito desse trabalho imaginando o Ferreiro através da museologia, surgindo assim, o projeto de implantação do Ecomuseu do Ferreiro: desejo de memória no antigo arraial.

Museus de Territórios

Museus Comunitários e Ecomuseus

• Baseados na musealização de um território;
• Enfase dada as relações culturais e sociais Homem/Território;
• Baseada no TEMPO SOCIAL;
• Características: Valoriza processos naturais e culturais e não os objetos enquanto produtos da cultura;
• Pode conter exposições tradicionais, baseados em objetos.

Processo de musealização

• Fio Condutor:
• Para que existimos (finalidade)
• Em que acreditamos (valores)
• O que queremos alcançar (metas)
• O que fazemos (função)
• Para quem o fazemos (público/parceiros)

• Missão: Conjunto de palavras que contém, de forma resumida, a finalidade, valores, metas, estratégia e o público alvo de uma instituição (Davies, 2001, p.32)

Exposição

• É um amostra ou exibição em determinado local e com técnicas adequadas, (aos objetivos, temas, propostas) de um conjunto de elementos orientados segundo um tema específico e com uso de uma linguagem própria, visando informar, motivar, despertar e conscientizar um determinado público para uma determinada mensagem ou realidade.

Caracteriza a exposição

• Objeto (conjunto de elementos físicos)

• Tema

• Linguagem própria (linguagem museológica)

• Público – segmento específico da sociedade ou vários segmentos/várias sociedades

... a realidade será então interpretada e traduzida para o visitante em linguagem museológica.

É importante perceber a realidade

• A geografia local

• Os hábitos e costumes

• O patrimônio

• As tradições

• Os problemas

• As soluções dos problema